domingo, 15 de junho de 2008

The Twilight Zone Tower of Terror

Falar da Tower é como falar de um pedaço meu que eu tive que deixar pra trás lá em Orlando. É falar de um tempo da minha vida em que até as piores coisas que aconteciam se tornavam motivo pra dar risada. É falar de pessoas que entraram na minha vida e nunca mais vão sair. É falar de uma saudade tão grande, tão incomparável, que às vezes chega até a doer.
O themeing da Tower é simplesmente perfeito (como praticamente tudo na Disney, claro). Cada detalhe, cada cantinho é pensado para que os guests sintam-se como se estivessem em um hotel em Hollywood nos anos 40. As músicas que tocam no lobby e na loja, as costumes dos Cast Members, os sons de correntes e maquinaria na boiler room, tudo é mágico e cuidadosamente calculado. A atração em si é o máximo, todo o clima de terror que é criado, a queda mais rápida que a gravidade, as várias seqüências de queda escolhidas randomicamente pelo computador, as frases que nenhum Cast Member esquece jamais (You are about to discover what lies beyond the fifth dimension, beyond the deepest, darkest corner of the imagination, in the Tower of Terror!), a sensação que se cria é tudo de bom. Mas todos esses detalhes passariam desapercebidos se eu não tivesse a chance de conviver com pessoas tão maravilhosas por lá.
Começando pelo Bill Williams, meu treinador, um ruivo sardento nos seus 50 e poucos anos, uma figura única. Os managers, Harry, o mais amado e mais querido; a Holly, a mais exigente mas também mais carinhosa; o Dave, o mais vermelho e super competente... A Kathy e seu jeitão clássico de negona americana, mãezona de todo mundo. O Sean, bicha louca mais divertida que eu já conheci. O Jared, melhor amigo das brasileiras e querido demais. O Simon, australiano querido e que fala palavrões em português como ninguém. A Karina, nossa irmã de Honduras, queridíssima. A Claire, a inglesa mais doce do mundo. O Bill Robbins, bicha velha figura demais. Bruce, parecia que era da família Adams, rabugento que só, mas um amor de pessoa. Kellen, que fez meu assessment, um amor de pessoa que sempre fazia questão de nos fazer sentirmos em casa. Evan, um pouco assustador mas super divertido com seu jeito irônico. Os figurões da Tower, TJ, Joy, Jay, Pam... Os CPs todos, tipo o Shawn, fofo até dizer chega, a Kim, a Laura, o Carl, a Devone, e os que chegaram depois, a Amber, o Gabe, a Britt, as Stephanies... É gente que não acaba mais.
E, é claro, os brasileiros que marcaram história no brinquedo mais mitológico da Disney. A Luzona, minha companheira de treinamento, carioca querida. A Má, paulista fofa, quando começava a falar que nem criança ninguém se agüentava de tanto rir. A Ciça, carioca amada, sempre junto com a Fabi, mais uma carioca amada, duas amigas que são uns amores. A Gé, cearense baixinha e loirinha que mora em Curitiba e é uma figura sensacional. A Ane, cearense que mudou a minha vida só por ser tão querida, fofa, especial, é daquelas amigas que a gente só se olha e uma já sabe o que a outra está pensando, não importa quanto tempo faça que a gente não se veja. E o Max, paulista que é um ser humano único no planeta, e é um dos meus melhores amigos pra todo o sempre.
Esses brasileiros (mais o Simon) estarão sempre marcados na história da Tower como grupo de ICPs mais legal, mais trabalhador, mais dedicado e mais especial que já passou por lá. E isso não sou eu que estou dizendo, isso são palavras dos próprios americanos que estão lá até hoje e comentam com outros brasileiros que passam por lá, que teve uma turma que passou por lá em 2005/2006 e deixou saudades.
Agora, me digam se não foi meant to be eu trabalhar num lugar em que eu me desse TÃO bem com todo mundo? ;)

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