Novidades do Academic

Finalmente, chega de falar do passado (por enquanto, pelo menos =P): tenho novidades do Academic! Vamos por partes então:

- A minha entrevista com os Disney Recruiters vai ser no dia 03/07, quinta, às 10h40. Tenho que estar na STB às 9h pra assistir uma apresentação sobre o programa (que eu espero que não seja nada repetido, mais uma vez).

- Recebi uma super atualizada role checklist, com mais opções de roles do que nunca. Não vou reproduzir todas aqui, mas enfim, as minhas opções foram as seguintes:

1. Attractions (que veio separado de Main Entrance Operations! Yay!)
2. Character Performer (tá, a minha altura é mediana e não favorece, mas eu quero mesmo assim)
3. Merchandise (não é meu sonho de role mas vá lá)
4. Character Attendant (idem Merchan)
5. Full Service F&B (pois é... Mas é idem Merchan também)

- Recebi também a lista dos seminários que serão oferecidos pela UCF, são 11, e a gente terá apenas de 3 a 4, segundo o site da STB. Deixei mais ou menos em ordem quais eu tenho preferência, mas nem vou postar aqui porque esse assunto é chateenho =P

Finalmente, tudo se encaminhando!!! Se tudo for como o planejado, já vou viajar em julho sabendo da minha situação, minha role, e detalhes do visto encaminhados! Mal vejo a hora! =D

Comida!!!

Bom, falar sobre comida me empolga, não adianta. Principalmente se for pra falar de comida nos EUA, que tanta gente fala que não consegue se adaptar e pra mim foi a coisa mais fácil do mundo! Hahaha
Meu café da manhã era praticamente sempre igual: uma xícara de chocolate quente e dois waffles com calda de chocolate Hershey's. Detalhe: os waffles eram congelados, bastava dar uma leve esquentada no microondas pra tirar o gelo e deixar um pouco na torradeira pra ficar crocante. Delícia! =D
Meus lanches durante o dia eram vários, e todo break eu beliscava alguma coisa. Sempre tinha Pringles, Chips Ahoy, Teddy Grahams (é igual a Fofy's, quem lembra?), brownie (que eu comprava uma caixa que vinha com 12 unidades embaladinhas num plástico, comia quase todo dia =P), ou algum outro petisco da máquina da breakroom (chocolate, Oreo's, hamburguer se fosse numa hora mais crítica de fome).
Meu almoço, dependia muito de onde eu estava. Se estivesse em casa, eu quase sempre fazia uma super Caesar Salad: alface americana, molho Caesar (que aqui no Brasil não tem nada igual, é perfeito), queijo ralado, bacon (que já vinha picadinho e torradinho num vidrinho, adoro a praticidade americana =P), croutons, e se eu estivesse com mais fome, esquentava uns nuggets congelados no forno e comia junto. Nossa, só de pensar nisso me dá água na boca, melhor salada que existe!!! Se estivesse no trabalho, às vezes levava Michelinas ou uma variável dessas refeições congeladas (que nunca eram muito boas), às vezes comia uma fatia de pizza ou hamburguer com batata na cafeteria. E se estivesse passeando, no shopping ou num parque, sempre procurava uma Caesar Salad em algum lugar, ou então apelava pra junk food mesmo. Se eu estivesse na MGM, não era raro eu comer um hot dog no Sunset Ranch Market, só o pão com vina e muita maionese, pra mim não precisa de mais nada =)
À noite, o mais comum era comer hot dog em casa mesmo, só o pão com vina e maionese. Se tivesse paciência, esquentava batatas Smiles no forno pra acompanhar. Se eu tinha companhia pra jantar comigo, aí às vezes a gente cozinhava, fazia strogonoff, ou macarronada, ou esquentava uma pizza congelada ou algo do gênero. Se estivesse fora, mesmo esquema do almoço, a prioridade era sempre pra Caesar Salad.
E, é claro, não poderiam faltar as super sobremesas depois de jantar (porque depois do almoço normalmente não dava tempo, se desse também tinha): brownie aquecido no microondas com sorvete Häagen-Dazs e calda de chocolate Hershey's, ou simplesmente uma beliscada no mega pote de M&M's que a gente comprava em sacos de tipo 1kg e deixava no balcão, hahahaha
Como eu não engordei no ICP, é um mistério da biologia... A única explicação plausível é que eu comia porções pequenas de 2 em 2 horas, e estava sempre me mexendo, seja trabalhando ou passeando, então queimava tudo que eu consumia... Espero que ficando 6 meses meu metabolismo continue assim =)

Famous people

Um dos lados legais de trabalhar na Disney é ver pessoas famosas de perto =)
Tá, nem é SUPER legal, eu sei, porque a gente não pode conversar, tirar foto, pedir autógrafo, essas coisas, mas poder ver já é alguma coisa, né?
Eu tive a chance de ver a Bárbara Borges, a Adriane Galisteu (que é muito mais baixinha mas mais bonita do que eu imaginava), e o ponto alto, os atores que fazem os papéis do Seamus Finnegan e Viktor Krum no Harry Potter! (Disfarça que eu não reconheci quem eles eram até uma co-worker americana, a Amber, vir desesperada pra mim dizendo que colocou o Seamus e o Krum no elevador e eu me tocar disso... Mas até foi bom que eu não reconheci, acho que teria um ataque se soubesse que dividi um elevador de walker com o Viktor Krum em pessoa, hahahaha)
As pessoas que todo mundo viu e sempre vê quando vai como ICP (tipo Silvio Santos, Faustão, Xuxa, Didi, hahahaha) eu não vi... E nem senti falta =P
Mas o Steven Tyler foi na Rock'n'Roller Coaster, conversou com os Cast Members de lá, usou o banheiro da breakroom deles e tudo! Isso eu sinto falta sim... Mas pelo menos eu pude ir no show do Aerosmith + Lenny Kravitz =D
O show foi um dos pontos altos da viagem toda, foi uma emoção inexplicável, ouvir o Lenny cantando Again, o Steven tocando o começo de I don't wanna miss a thing no piano e algumas partes de Cryin' na gaita, e os gritos do Steven, e ver ao vivo as pirações dele e do Joe Perry... Sem comentários, foi o melhor show da minha vida até agora, sem dúvida. (O dos Black Eyed Peas aqui na Pedreira vem logo em seguida, mas aí já é outro assunto, hehehe)
Já tive uma idéia pro próximo post, vai ser sobre um assunto que eu quase não gosto: comida! Hahahaha

Novo visual e otras cositas

Então, me empolguei e resolvi mexer no visual do blog. Como eu sou uma pessoa super inconstante, não sei quanto tempo vai durar, mas por enquanto tô gostando =)

Fora isso, tô com preguiça de contar mais histórias do ICP, fica pra outra hora... E sobre o Academic, assim que eu tiver novidades, tipo a data da entrevista por telefone com os Disney Recruiters (me avisa logo, Ju!!!), eu escrevo por aqui ;)

Por enquanto esse blog está às moscas, eu sei, mas se alguém chegar a ler, me deixa um recadinho plx só pra eu não virar emo e ir chorar no cantinho? Thanks =D

The American bitches

Como eu comentei, as americanas que moraram com a gente (me recuso a chamar aquelas toscas de roomies) são um capítulo à parte. Então, aqui está o capítulo à parte =)
A Ashley foi a primeira que a gente conheceu. Quando eu e a Jana chegamos no apto pela primeira vez, não tinha ninguém, e nós só largamos as malas e fomos correndo pegar o último ônibus do dia pro Wal-Mart. Quando voltamos das compras, quebradas, carregando mil coisas, com todas as partes do corpo doendo, vamos abrir a porta, e de repente abre a porta uma garota tipicamente americana: cabelo comprido, meio enrolado e torto, escuro, preso num rabo de cavalo muito mal feito, vestindo um moletom largo demais e um shorts curto demais. Ela nos olhou como se fôssemos ETs. Viu que estávamos cheias de sacolas e não se ofereceu pra ajudar. Nos apresentamos, ela se apresentou, e voltou pro sofá. Aí já dá pra ver o estilo da figura. Depois que guardamos as compras, fomos puxar papo com a figura, e descobrimos que ela trabalhava como Merchan no Epcot e que não via a hora do programa terminar, que odiava trabalhar para a Disney e que ela nos achava loucas por vir de tão longe pra fazer um trabalho tão ruim (!).
Mais tarde, conhecemos a Linnsay. Mesmo visual da Ash, a única diferença era o cabelo mais curto. Porém, ela foi bem mais simpática. Ofecereu o empréstimo do seu laptop pra gente usar a internet, e conversou um pouco mais. Ela era Merchan no Magic Kingdom e não odiava o trabalho tanto quanto a outra menina, mas se irritava com os horários estapafúrdios de trabalho, com certa razão (teve dias que ela chegava em casa tipo 4h ou 5h da manhã).
O apartamento era um tanto quanto confuso. Elas penduraram pôsteres por todo canto, tinha o Justin Timberlake, o Seth Cohen do OC, a Gwen Stefani... Elas colocaram lustres coloridos, uma cadeira de armar muito estranha, também colorida, levaram TV, DVD, Super Nintendo (!), torradeira, telefone com secretária eletrônica... E o quarto delas, bom, parecia que um furacão tinha passado por lá e elas ainda não tinham se tocado disso. As roupas ficavam todas jogadas pela cama ou pelo chão, ou então meio que penduradas pra fora das gavetas. Atrás da porta, tinha uma sapateira cheia dos tamancos mais horrorosos que eu já vi.
Mas o pior de tudo era a atitude das duas (principalmente da Ashley). Não era raro elas trazerem pessoas estranhas pro apto, e darem festinhas por lá até altas horas da madrugada. Mais de uma vez, ou eu ou a Jana chegávamos em casa e dávamos de cara com ela se amassando com algum europeu no sofá. Também não era raro acordarmos e encontrarmos pessoas dormindo no sofá ou no chão da sala, sem a menor cerimônia.
Com comida, elas eram levemente mais cuidadosas, porque "junta formiga se deixar comida aberta no balcão" (sério??? Ohhh, não sabia... =/), mas por outro lado, algumas vezes elas largavam umas gororobas que sobravam de qualquer jeito na geladeira, na panela mesmo, e quando elas foram embora sobrou pra gente jogar aquelas coisas no lixo e lavar as panelas (eeeeca). Uma das duas, não sei qual, às vezes pegava das minhas Michelinas pra comer, mesmo elas estando numa pilha separada.
Quando chegou a hora de elas irem embora, nossa, foi uma sensação de alívio incrível. A Ashley eu nem vi saindo, quando acordei ela já tinha ido, e a Linnsay quando saiu só soltou um "it was nice to meet you" da porta e se mandou. O apartamento ficou bem mais sem graça, depois que a gente já tinha se acostumado com a bagunça de cores e tal. Mas por outro lado, no dia seguinte a Dani e a Lara, as minhas mineiras do coração, se mudaram pro nosso apto e tudo ficou mais lindo. Mas isso eu conto outra hora... ;)

The Twilight Zone Tower of Terror

Falar da Tower é como falar de um pedaço meu que eu tive que deixar pra trás lá em Orlando. É falar de um tempo da minha vida em que até as piores coisas que aconteciam se tornavam motivo pra dar risada. É falar de pessoas que entraram na minha vida e nunca mais vão sair. É falar de uma saudade tão grande, tão incomparável, que às vezes chega até a doer.
O themeing da Tower é simplesmente perfeito (como praticamente tudo na Disney, claro). Cada detalhe, cada cantinho é pensado para que os guests sintam-se como se estivessem em um hotel em Hollywood nos anos 40. As músicas que tocam no lobby e na loja, as costumes dos Cast Members, os sons de correntes e maquinaria na boiler room, tudo é mágico e cuidadosamente calculado. A atração em si é o máximo, todo o clima de terror que é criado, a queda mais rápida que a gravidade, as várias seqüências de queda escolhidas randomicamente pelo computador, as frases que nenhum Cast Member esquece jamais (You are about to discover what lies beyond the fifth dimension, beyond the deepest, darkest corner of the imagination, in the Tower of Terror!), a sensação que se cria é tudo de bom. Mas todos esses detalhes passariam desapercebidos se eu não tivesse a chance de conviver com pessoas tão maravilhosas por lá.
Começando pelo Bill Williams, meu treinador, um ruivo sardento nos seus 50 e poucos anos, uma figura única. Os managers, Harry, o mais amado e mais querido; a Holly, a mais exigente mas também mais carinhosa; o Dave, o mais vermelho e super competente... A Kathy e seu jeitão clássico de negona americana, mãezona de todo mundo. O Sean, bicha louca mais divertida que eu já conheci. O Jared, melhor amigo das brasileiras e querido demais. O Simon, australiano querido e que fala palavrões em português como ninguém. A Karina, nossa irmã de Honduras, queridíssima. A Claire, a inglesa mais doce do mundo. O Bill Robbins, bicha velha figura demais. Bruce, parecia que era da família Adams, rabugento que só, mas um amor de pessoa. Kellen, que fez meu assessment, um amor de pessoa que sempre fazia questão de nos fazer sentirmos em casa. Evan, um pouco assustador mas super divertido com seu jeito irônico. Os figurões da Tower, TJ, Joy, Jay, Pam... Os CPs todos, tipo o Shawn, fofo até dizer chega, a Kim, a Laura, o Carl, a Devone, e os que chegaram depois, a Amber, o Gabe, a Britt, as Stephanies... É gente que não acaba mais.
E, é claro, os brasileiros que marcaram história no brinquedo mais mitológico da Disney. A Luzona, minha companheira de treinamento, carioca querida. A Má, paulista fofa, quando começava a falar que nem criança ninguém se agüentava de tanto rir. A Ciça, carioca amada, sempre junto com a Fabi, mais uma carioca amada, duas amigas que são uns amores. A Gé, cearense baixinha e loirinha que mora em Curitiba e é uma figura sensacional. A Ane, cearense que mudou a minha vida só por ser tão querida, fofa, especial, é daquelas amigas que a gente só se olha e uma já sabe o que a outra está pensando, não importa quanto tempo faça que a gente não se veja. E o Max, paulista que é um ser humano único no planeta, e é um dos meus melhores amigos pra todo o sempre.
Esses brasileiros (mais o Simon) estarão sempre marcados na história da Tower como grupo de ICPs mais legal, mais trabalhador, mais dedicado e mais especial que já passou por lá. E isso não sou eu que estou dizendo, isso são palavras dos próprios americanos que estão lá até hoje e comentam com outros brasileiros que passam por lá, que teve uma turma que passou por lá em 2005/2006 e deixou saudades.
Agora, me digam se não foi meant to be eu trabalhar num lugar em que eu me desse TÃO bem com todo mundo? ;)

A descoberta da work location

Meu Traditions estava marcado para o dia 3 de dezembro. Depois dele, as pessoas são chamadas de acordo com a work location. Fui chamada num grupo com várias pessoas estranhas e o Paulo, de São Paulo, que eu já tinha conhecido no aeroporto ainda em Guarulhos. A nossa role era Operations/Attractions, e a nossa work location era Studios - Sunset Boulevard Area. Traduzindo, a área do antigo MGM, hoje Disney's Hollywood Studios, onde fica a Rock'n'Roller Coaster, a Tower of Terror, o Fantasmic! e o Beauty and the Beast. Só saberíamos exatamente onde trabalharíamos no dia seguinte, quando faríamos um treinamento chamado On with the show, em que conheceríamos todo o parque.
No dia 4 de dezembro, então, estava eu na hora marcada pra pegar o ônibus, e nada do Paulo. Cheguei na MGM, e nada do Paulo. Deu a hora do treinamento começar, e nada do Paulo. A coordenadora distribuiu uns papéis pra todos preencherem com os tamanhos de costume que precisariam, e nesse papel tinha escrito que eu trabalharia no Fantasmic!. O Paulo, como a coordenadora comentou, estava escalado para a Tower of Terror. Mas ele não apareceu durante todo o treinamento. Passeamos pelo parque, então, conheci algumas pessoas MUITO legais, e depois que o treinamento in loco terminou, fomos a um laboratório com PCs pra fazer uns treinamentos de segurança bem simples no computador. Depois que terminamos, recebemos de um outro coordenador nossas escalas de trabalho para a semana. Olho meu papel, e lá estava escrito, com todas as letras, "Ana Elisa Gusso - The Twilight Zone Tower of Terror". Me assustei, devo ter dado um grito muito tosco, o coordenador perguntou o que havia. Eu disse que achava que iria para o Fantasmic!, e ele perguntou se eu queria trocar. Disse que absolutamente não, que a Tower estava ótima. Até aquele momento, eu NUNCA tinha entrado nesse brinquedo, nas outras vezes em que fui de guest sempre tive medo, não tanto pela queda, mas pelos "fantasmas" que estariam lá dentro (sim, eu já fui MUITO cagona). Lógico que, naquela altura, eu estava doida pra conhecer a Tower, e sabendo que iria trabalhar lá, então, a empolgação só aumentou. Assim que fomos liberados, fomos correndo pra lá. A sensação foi única, mágica, inexplicável. Ah, e antes disso, fomos provar nossas costumes. De cara fiquei maravilhada: a minha costume era a única que incluía um chapéu e um sobretudo LINDO. Provei, amei, não conseguia tirar o sorriso do rosto.
Cheguei em casa, falei com o Paulo, e descobri que ele tinha perdido a hora, e que só faria o On with the show dois dias depois.
No dia seguinte, iniciava o treinamento já na work location (que eu conto melhor em outro post). Lá eu descobri que o Paulo acabou indo pro Fantasmic!, porque a vaga para a qual ele estava escalado na Tower tinha sido ocupada por esta que vos fala, já que era a última vaga e o treinamento deveria começar imediatamente. Não preciso nem falar que ele me chama de "ladra da Tower" até hoje, né...
Agora, me digam se não era o destino que eu fosse trabalhar na Tower mesmo? Tem explicação uma coisa dessas? Não, né? Pois é, mas era meant to be, e eu acabei passando os melhores meses da minha vida trabalhando em um lugar perfeito... Mas outra hora eu falo mais sobre isso =)

Chegando lá

Cheguei em Orlando no dia 30 de novembro de 2005. Conheci a Janaína, de São Paulo, no aeroporto de Atlanta, antes de embarcar pra Orlando, e combinamos de tentar ficar no mesmo apartamento. Estávamos na fila no Vista Way juntas, e por muita sorte e ajuda do destino conseguimos uma vaga num quarto juntas num apartamento com duas americanas: Ashley e Linnsay. Essas duas são um capítulo à parte, fica pra outra hora. Fomos, então, morar no apartamento 3411, no Vista mesmo. Com a Janaína eu me dei bem logo de cara, fizemos as primeiras compras juntas e percebemos que temos gostos muito parecidos pra um monte de coisas. Foi daqueles encontros que eram meant to be, como eu iria ter muitos outros durante o programa. Ela se tornou uma amigona muito rápido, e eu não poderia desejar uma roomie melhor. Infelizmente, dessa vez, não tem mais esse esquema, as roomies já são pré-definidas pela administração dos condomínios. Mas como a sorte sempre me acompanhou quando o assunto é Disney, vou contar com ela de novo dessa vez também =)
Os primeiros dias na Disney são a mais pura burocracia: assinar papéis até a mão cansar, assistir palestras chatas sobre coisas como segurança, transporte, conta no banco; ida ao Social Security, enfim, obrigações básicas que não são lá muito divertidas. A parte mais emocionante de tudo isso foi quando fomos ao Epcot para a reunião sobre a conta no banco, num pavilhão chamado Odyssey. Foi a primeira vez que passei por um backstage, pude ver a pista do Test Track de um ângulo completamente diferente, e entramos no parque por uma entrada de Cast Members Only. Foi um sentimento único, inexplicável, fantástico. Aí sim que eu me senti Cast Member de verdade, aí sim que me bateu o sentimento de responsabilidade de realmente trabalhar pro Mickey. E foi nessa reunião, também, que recebemos um papel com a data do Traditions (dois dias depois) e o local de trabalho. Essa é uma outra história que também fica pra depois, mas nem preciso dizer o quanto me deixou feliz finalmente saber onde de fato eu iria trabalhar =D
Como eu escrevo demais, fica por aqui hoje... Amanhã eu volto =)

Começando de novo

Quando eu fui Cast Member pela primeira vez, no International College Program em 2005, eu criei um blog, espalhei pra todo mundo, e prometi que iria mandar notícias por ele pros meus amigos e família aqui no Brasil. Nem deu muito certo, no começo até escrevi um pouco, mas depois cansei e desisti. Já que dessa vez eu vou ficar por seis meses, acho que seria interessante fazer o blog, primeiro pra ir acalmando a ansiedade que insiste em tentar aumentar e eu faço de tudo pra manter quieta no canto dela enquanto eu não vou pra lá, e segundo pra mandar novidades pra quem estiver por aqui enquanto eu estiver por lá.
Então, enquanto o embarque não chega, eu vou postando histórias do meu ICP, vou pegar a minha pastinha de coisas Disney, achar meu diário de quando eu estava lá (sim, eu fiz um diário! Tá, não dá pra chamar de diário porque eu não escrevi todo dia, mas tem muita história legal lá) e ir postando aos poucos algumas coisas que eu achar interessantes.
Enjoy!